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SALVE A MALANDRAGEM!


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Quem vier, de onde vier...que venha em paz!!! " Cada atitude posta em prática, é uma ação que resulta em reações que jamais se extinguem. O que você faz ecoa na eternidade"
-Xamã Gideon dos Lakotas-

Salve Seu Zé Pilintra e Senhora Ma.Navalha!

RECADO DO SEU ZÉ SOBRE PONTO RISCADO



Qual é o seu ponto riscado? Quais são os símbolos deixados na sua estrada pela pemba, dos seus atos?
Tudo começa na mão, num único ponto que vai desenhando a sua trajetória, indicando a falange que você representa, contando as flechas da sua banda, se ela se une com os outros numa única banda ou se separa caminhos.
Daí, suas mãos desenham o círculo que representa o seu compromisso com o Infinito em começar e terminar tudo aquilo que você se propôs a fazer.
Por fim, em cada canto de seu ponto riscado, uma luz é acesa, e dentro de cada luz, há uma chave de entendimento que guia a nossa jornada nessa terra da gente da matéria.
Agora deixando as gentilezas e blá, blá blas.. Vou ser direto no assunto..... Parem com essa vaidade de riscar ponto, pro outro achar que vcs estão realmente incorporados. Riscam qualquer coisa, chamam coisas que não devem. E ainda me dão um trabalho dos diabos pra limpar vocês. É você aí, que inventa ponto riscado!!! É pra você que não tem responsabilidade, com sua casa, com o Universo e principalmente com VOCÊ... Pense em quantas energias você manipula quando risca um ponto de imantação..Pensem, pensem, pensem..... Ando chateado com certos filhos meus e deixo esse apelo pra pensar... Assinado Seu Zé Pilintra das Almas Pela Médium Bella Zingara

Aí, meus Compadres e Comadres Cabeça fria, que tudo vai dar certo! Para ter minha proteção é só bater um fio pra mim que vou estar nas paradas.... kkkkkkkkk

terça-feira, 20 de setembro de 2011

HOMENAGENS AO MESTRE ZÉ MALANDRO DO MORRO




Me confundem muito, achando que sou Exu, mas não sou.
Sou um mestre. Trabalho muito bem no catimbó e no feitiço.
Venho nas quatro linhas:
tanto na linha das Almas,
na linha dos Pretos-Velhos,
na linha de Caboclo,
quanto na linha de Exu.
Sou o irmão mais velho de Zé Pilintra. Faço parte da falange dos malandros, assim como seu Sibamba, Zé do Coco, Zé Pretinho e muitos outros...
Mas assim nas quatro linhas só eu, Zé Pilintra e mestre Sibamba que podem trabalhar.
Sou um mestre de Aruanda. Eu era um trabalhador, só que fui um rei da boemia, da malandragem, muito mulherengo...
Sai de Pernambuco fugido, fui pro Rio de Janeiro, e reinei nos morros de lá.
Além da minha linha de trabalho...
Existem outras duas linhas: o Zé Malandro da Maloca e
o Zé Malandro da Lapa.
Meu mano Zé Pilintra era um boêmio da Lapa, E eu era mais do morro…

“Zé Malandro veio ao mundo
Veio cumprir sua missão
Ajudar a quem precisa
E tirar sua aflição”

Psicofonia Por Bella Zingara em 24/01/2011
Salve Mestre Zé Malandro do Morro!
Salve sua Malandragem!

HOMENAGENS À MESTRA LUZIARA




Mestra Maria Luziara a Mestra Princesa da Flor da Jurema Preta
Não há comparação somente informar o quando os Juremeiros amam essa princesa. Mesmo porque Maria Luziara é um espírito que teve uma vida na terra, e na sua passagem foi encantada na flor da Jurema Preta e se apresenta em uma forma mais jovem apesar de sua idade na época de sua passagem para o reinos dos encantados da Jurem Preta.
Os encantados da Jurema Sagrada são pessoas que tiveram vidas e foram encantadas na sua passagem em animal ou vegetal.
- Os Orixás são divindades da natureza.
- Umbanda é o culto à espíritos em evolução.

Historia da Mestra Maria Luziara

Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de ameríndios viviam no atual território brasileiro.
Encontravam-se divididos em diversos grupos étnicos lingüísticos: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do planalto central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).
Para podermos saber a ciência dos mestres na Jurema Sagrada catimbó, temos a obrigação de saber a historia do brasil.
A princesa encantada na flor da jurema preta, Maria Luziara, é umas das mestras mais amadas dentro do catimbó.

Lírios da mestra.

A princesa encantada na flor jurema preta Maria Luziara da Conceição
Era filha do mestre João Grande, que veio junto com a família real, nasceu na Bahia. Ela nasceu na Bahia, em 1808. Ai a confusão em seus pontos que fala que ela era princesa do mestre João, só que ele era o seu pai mestre João Grande, ele veio para o Brasil junto com a família real, que trouxe muita gente para trabalhar na corte e a promessa de terras novas para plantação, assim famílias inteiras se mudaram para o brasil.
A colonização no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e economia do país. Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores.
Agora veja bem quando foi mesmo que a família real foi se embora? (a transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa e a sua corte (inicialmente 15 mil pessoas) se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1820.) tem parte da cantiga de Maria Luziara que fala assim:

Amarelo a Flor da Jurema é Luziara
Ganhou um colar de ouro...foi um casado quem lhe deu,

A partir de então, as famílias que entraram na nação independente foram consideradas imigrantes, mais porem o Rei dom João vi se apaixonou por ela (Maria Luziara) que ainda era uma menina moça, e lhe deu muitas jóias e quando ele voltou para Portugal ela foi obrigada a ir para o recife e foi morar no Bairro do Espinheiro, mais as suas jóias perdeu no caminho para o Pernambuco por volta de 1821.tem parte da cantiga de Maria Luziara que fala assim:

“…na passagem do riacho Luziara perdeu.
perdeu, perdeu a sorte que o que o macho lhe deu…”

A mestra Luziara tinha um grande mistério com ela, pois todos os homens que a olhavam se apaixonavam pela sua educação, beleza e gentileza, ela teve educação européia.
Chegando ao recife no cais do Apolo em suas redondezas era um local de prostituição, e na época mulher separada, ou que não fosse casada eram obrigadas a se prostituir daí Maria Luziara mocinha, conhece a Rua da Guia.
E se prostitui causando grandes transtornos e brigas no bordel, pois era muito bela e todos os homens a cobiçavam entre eles alguns hoje mestres da Jurema sagrada, mestre Manoel Quebra Pedra, mestre Zé da Encruzilhada, e foi a mulher da paixão do nosso amado mestre Rei do catimbó Preto Zé pelintra. que nasceu na vila do cabo de são Agostinho – PE.
Maria Luziara foi morar no bairro do espinheiro, como já disse, mas Maria Luziara saia do bairro onde morava e ia para a boemia no cais do Apolo, e umas das mestras que andaram pela rua da guia, tal como a sua cantiga diz:

“….o Luziara na zona do espinheiro,
as mulheres mata de flechas e
Os homens mata de cheiro…..”

Campos Verdes Cidade Bonita, La vem Luziara de Laço de Fita
Certa ocasião teve uma grande briga pelo seu amor, muitos homens brigaram e a policia a prendeu, mais um homem que morava na rua da amargura por nome José de Aguiar vulgo Zé Pelintra, se apresentou na policia como um advogado a tirou, e o mestre Manoel Quebra Pedra pegou as suas economias e comprou um pedaço de terra na serra da Borborema onde ela passou a criar gado. ela canta assim:

“oi luziara mais que loucura
deixaste o seu homem na rua da amargura,
na amargura eu não deixei o meu homem
eu deixei foi os falsos amigos que falava em meu nome”

Maria Luziara apesar de gostar dos segredos das cartas, os feitiços de amor, ela foi consagrada para uma cabocla que quem ouvir alguns lírios antigos dela e louvado que a princesa (o nome da cabocla que e uma princesa, que quando Luziara era viva a dona de suas correntes era uma princesa na jurema), entra na serra da Borborema.
Tem um encantamento que e feito para acordar a ciência desta mestra que ser faz no alto da serra e invoca primeiro a cabocla para quem ela foi consagrada.
Mas se for feito de forma errada todos nos Juremeiros ou não sabemos que índio não gosta do homem branco. daí essa cabocla se retira e não acorda a ciência da mestra nas correntes do novo Juremeiros. (a) e prejudica o médium e o padrinho de jurema para o resto de sua vida e o castigo por a mão em uma ciência fina e melhor não fazer se não souber.
Mostra que foi neste período que ela se foi para rua da guia, e como tem uma cantiga que o mestre Manoel Quebra Pedra lhe deu um campos verde na serra da Borborema e ela morreu mais velha mais tinha uns gados e não se prostituta mais é foi neste período a morte do velho preto Zé Pelintra que o velho se apaixonou por ela mais.
A mestra do amor, que adora margaridas, gira sol, doces tudo que e belo, suas oferendas gosta que seja em riachos de água cristalina ao lado de campinas.

“campos verdes cidade bonita lá vem Luziara com laços e fitas”

Segundo os antigos quando as águas batiam forte nas pedras na praia de Tambaba na Paraíba e que um Juremeiros tinha morrido e a jurema o recolheu.
O mestre que era recolhido logo estava de volta.
Só que agente se esquece de uma coisa. os índios os seus Pajés eles faz assim um guerreiro morre e um período ele o invoca e consagra em outro e aquele passa a manifesta aquele amigo da aldeia que era um bom guerreiro e consagrado em tronco.
Como o mestre preto Zé Pelintra foi consagrado para o seu caboclo.
Só que ninguém dos seus irmãos Juremeiros não gostava dele quando era vivo, pois falava que ele estragava a religião, pois só queria saber de farra e bebida mais foi assim que o seu Zé pelintra foi pegando cabeça e se consagrando nelas e manifestava e saia para a rua como se fosse vivo e o médium deixava de existir para dar a sua vida para os mestres.
Hoje mesmo todo médium que tem o mestre Zé pelintra nas correntes tem o orgulho de usar e fazer as coisas que o mestre gostava mais na verdade e a energia do mestre.
Temos que observar que quando o mestre zé pelintra e consagrado na jurema sagrada ele e acordado e puxado a ciência do mestre e daí ele revela que o seu nome de batismo é José Gomes, José de Santana, José Francisco.. eita são muitos mesmo.
E na umbanda vem como Zé Pelintra.

Entretanto o médium que não era consagrado na jurema sagrada catimbó, era médium de umbanda e manifestava com o mestre Zé Pelintra, apos a sua morte veio como o exu malandro ou uma linha de malandro da umbanda que são espíritos de médiuns ou pessoas que tinha afinidades com Os mestres. Mais não são mestre de jurema e não manifesta como mestre, como exemplo o malandro, o José Pelintra da lapa, do morro, do arco da lapa etc….. o mestre Zé malandro morava no bairro da encruzilhada, em recife era boêmio e namorava com a mestra navalhada, todo que ela canta assim, que morava em casa amarela mais a sua perdição era na encruzilhada.
No entanto, tudo e bonito desde que seja feito corretamente, essa historia de linha do catimbó não tem, a jurema sagrada e a umbanda. Todos tem os seus brilhos. Querem ser Juremeiros procure um juremeiro consagrado e peça para ser batizado e receber o tombo da jurema.
Autor: Juremeiro Neto

ALHANDRA É O PAIS DA JUREMA, O BERÇO DE ZÉ PILINTRA




A Cidade Sagrada é constituida apenas de túmulos dos mestres juremeiros, envolvidos por centenas de pés de jurema. Alhandra é o pais da jurema, o berço de Zé Pelintra, "santo" desse reino estranho e seu mais destacado protetor. Segundo o mestre Carlos Leal, Zé Pelintra foi muito perseguido e era fichado na policia como catimbozeiro. Com Maria do Acais morta em 1937 e mestres Casteliano falecido em 1923, tomava ele sempre as providencias possiveis para escapar á ação policial.

É em Alhandra município a 26 quilômetros ao sul de João Pessoa, onde se ergue a Cidade Sagrada de Jurema. Foi lá que nasceu em 1813 José de Aguiar, o “Zé Pelintra” que ao morrer com 114 anos de idade se tornaria a entidade espírita mais discutida nos terreiros umbandistas do Brasil, pelo seu linguajar pornográfico e paixão pelo marafo.

No cemitério da Cidade Sagrada estão sepultados 42 mestres famosos entre os quais, além de “Zé Pelintra”, Joana “Pé de Chita”, a mestra justiceira que morava em Santa Rita, a mestra Juremeira Maria do Açaís, Tertuliano, José Vicente, mais conhecido por “Malunguinho”, Manoel “ Maior do Pé da Serra”, mestre Carlos, “Zezinho do Açaís”, Heron e esposa Salomé, Rosalina, João de Alhandra, “Dondom”, “Pinicapau”, “Coqueiral”, “Cadete”, “Cangaruçu”, “Tambaba” e outros.

Alhandra era um território de misticismo e magia. Jurema. A perseguição de policiais sob os "mestres da jurema".
Conta-se que quando morriam nao tinham o direito de serem enterrados no cemiterio local, sendo sepultados em lugares afastados, onde se plantava um pé de jurema para marcar o local do sepultamento. Nesses mesmos locais eram tambem sepultados todos aqueles seguidores do mestre da jurema, colaborando no surgimento das chamadas " Cidades da Jurema", como:
Cidade de Manoel Cadete,
Cidade de Rosalina,
Cidade de Maria do Acais,
Cidade do Mestre Adauto,
Cidade do Rei Heron,
Cidade dos Encantos(tambaba) e
Cidade de Águas Claras.
Todo juremeiro sabe que são 07 cidades encantadas e 12 reinos encantados na jurema, sendo eles:
1º Reino do Juremá ...
2º Reino do Vajucá ...
3º Reino Tanema ...
4º Reino Angico ...
5º Reino do Tigre ...
6º Reino do Bom Florar ...
7º Reino de Urubá ...
8º Reino das 7 Covas de Salomão ...
9º Reino do Rio Verde ...
10º Reino do Acais ...
11º Reino de Canindé ...
12º Reino de Tronos.

Cada um desses reinos tem localização especifica, que nós juremeiros devemos procurar preservar pois é a nossa ciencia, nossa cultura religiosa.

A jurema, arvore centenaria, tipicamente nordestina, cresceu de tal forma como cresceu o seu culto, reunindo a maior parte de adeptos do espiritismos na Paraiba.Para nós juremeiros é importante uma campanha de divulgação ao grande publico porque " muitas pessoas inescrupulosas, se dizem conhecedoras do ritual e através de publicações, ensinam normas erradas e ervas perigoas que podem causar a morte aos curiosos. Um egum mal controlado é altamente perigoso, nenhum livro que tenha versado até hoje sobre o assunto é reconhecido como oficial, pois um ritual profundo e misterioso no pode ser ensinado em livros e sim atraves de iniciação por um mestre que tenha suas raizes no Acais ou Alhandra.

" Ó jurema encantada que nasceu do frio chão
dá-me formas e ciencia, como deste a Salomão
dizem que a jurema amarga,
para mim nao há licor, a jurema com seus frutos
sempre nos alimentou."

Encantaria e Jurema
A Encantaria é o resultado da fusão de todos os rituais existentes no Brasil antes da chegada do homem branco com sua cultura católica fetichista, mais a contribuição africana durante 350 anos. Tendo por tronco básico a ritualística indígena serviu de esteio e receptáculo para as demais tradições importadas. Na Encantaria poderemos facilmente encontrar traços, fragmentos e até grandes remanescências das influências ciganas, africanas, católicas, judaicas, árabes, celtas, gregas, romanas e, principalmente indígena.. Mas o grande sustentáculo da encantaria, é a cultura indígena Tupi-Guarani com sua ritualística maravilhosa, voltada para a flora e fauna com ritmos extasiantes e mágicos. Como “pangelança” no norte, “terecô” no Maranhão, “catimbó” no nordeste, “quimbanda” na Bahia, “macumba” no Rio de Janeiro e São Paulo e, “batuque” no Rio Grande do Sul, a Encantaria está espalhada por todo o Brasil sob diversas formas nomes e rituais.
A Encantaria não tem um ritual iniciático e doutrina específica. Cada casa ou “terreiro” segue sua própria doutrina, estabelecendo suas regras e forma de prática do ritual. Via de regra não estabelece raízes ou tradições sucessórias, a não ser que as tenha.

Os Encantados
Os encantados são as energias mais misteriosas e difíceis de serem definidas. São inicialmente divididas em grupos, a saber: Espíritos que viveram há mais de 100 anos (e até três mil anos), espíritos que não viveram e são etéreos e manifestam-se por holografia ou incorporação, espíritos que viveram com corpo físico e manifestam-se visualmente ou mediante contato com a dimensão paralela (quadrimensional quântica) e, finalmente os anjos das 3 categorias, “penosos”, discordantes e rebeldes, que se manifestam de todas as formas possíveis.

Boiadeiros
No rol dos encantados estão todos que não são Orixás, todos que não são Voduns e todos que já são resultado da miscigenação entre Voduns e Orixás (ambos africanos), e os espíritos da terra, aqueles que já estavam aqui quando o homem branco e o negro chegaram. Vulgarmente são chamados de Caboclos em algumas regiões ou Encantados e mestres outras regiões.Um dos grupos mais presentes e pouco conhecido, é o de Boiadeiro, “O Senhor do Portal do Tempo e das Dimensões”. Atendem por nomes como Navizala, Divizala, Itamaracá, Lua Nova, Campineiro, Gibão de Couro e muitos outros codinomes que escondem sua verdadeira origem e missão.
Por serem “fechados” em suas falas pouco se aprendeu sobre este grupo de encantados até hoje. Mas podemos afirmar que trata-se de uma “falange” poderosíssima, com altos conhecimentos místicos, astronômicos e litúrgicos. São capazes de promover fenômenos indescritíveis se invocados da forma corretas com os “apetrechos” certos.
Durante anos as Casas de Candomblé de Angola (Endembo, Mushi-Congo, Tumba Junçara) e Xambá, costumavam após o término do ‘Shirê” Ti Inkisse (roda de santo de Angola), fazer um toque de louvação à Boiadeiro, toque este que rompia a madrugada com o dia clareando e muita Jenipapina. Isto sem se falar nas cantigas conhecidas por “sutaque” que vêm do fundo da alma e são feitas de improviso.

Jurema
Considerada a mais popular e poderosa ritualística de Encantaria brasileira o ritual da Jurema (hoje bastante miscigenada devido aos fatores já explicados), é no nordeste, tão popular quanto o frevo e o samba no Rio de Janeiro.
Jurema (Acacia Nigra), é a árvore sagrada dos indígenas brasileiros há milênios. Nela concentram-se todos os valores fitoterápicos e místicos de um ritual que de uma certa forma, influenciou todos os demais no Brasil inteiro. Dezenas de encantados e mestres espirituais do ritual da Jurema povoam as “Casas de Nação” (candomblés) os quais não podem negar-lhes “espaço”. A Jurema por ser um ritual totalmente brasileiro é o único que se equipara aos seus congêneres africanos por ter sua própria Raiz e Origem. A raiz, é a árvore com suas folhas, casca a raízes – A origem é Monan, deus supremo dos Tupis,Caetés, Tabajaras, Potiguás, Tapuias, Pataxós e outras nações indígenas. Seus protetores eram (até a chegada do branco), Tupan, Yara, Caapora, Curupira, Boiúna, Mo Boiátatá, Jaguá, Rudá, Carcará e outros mais. Eram de tribos diferentes, mas cultuavam os mesmos deuses aos pés da mesma árvore: JUREMA.
Com a miscigenação entre os indígenas e o branco e entre indígenas e o negro miscigenaram-se também, suas culturas, seus arquétipos, seus usos e costumes. Com o aparecimento “caboclo” (mestiço), apareceram também os encantados resultados desta mestiçagem. O ritual da Jurema, vulgarmente chamado de “Catimbó”, devido ao uso de cachimbos durante a prática, é cercado de preparos e cuidados especiais respeitanto-se prioritariamente a ancestralidade de cada um ou da própria raiz em torno da qual realiza-se a prática. Esta por sua vez, obedece à vínculos locatícios chamados de “cidades da jurema”, cada uma com seu nome. O ritual tanto pode ser feito sobre uma mesa com pode ser feito no chão. As forma são distintas, com objetivos as vezes diferentes.
Os ingredientes e apetrechos usados nos rituais de Jurema são os seguintes:
Cachimbos confeccionados à mão de diferentes troncos de árvores Fumos feitos com folhas de tabaco misturadas com folhas de diferentes árvores (dependendo da intenção do “trabalho”) Maracá (chocalho indígena) para invocar os mestres encantados Pequenos troncos de Jurema sobre os quais acende-se velas (dependendo do número de “Cidades” as quais serão invocadas – (preferencialmente 4 cidades) Sineta de metal nobre para invocação dos Mestres - (no passado era com caxixi) 2 ou mais copos altos e largos com água Toalha vermelha ou branca se for na mesa e vermelha se for no chão.

ALHANDRA, a Cidade Sagrada
A cidade sagrada da Jurema é ALHANDRA na Paraíba, entre João Pessoa e Recife. Este é o MARCO ZERO da Jurema no Brasil e também, centro de romarias de milhares de pessoas anualmente. Dentro de Alhandra estão outras três outras cidades sagradas conhecidas por Acais, Tapuiú e Estiva. Lá também estão os túmulos de vários mestres famosos no Brasil inteiro. Maria do Acais, Damiana Guimarães e Zezinho do Acais, fizeram a fama desta cidade que contém a Jurema de Cangaruçu por todos respeitada neste Brasil. Nenhum mestre da Jurema deve o pode ser tratado como se fosse um Egun ou Exu!

Mestres famosos da Jurema:

Mestra Maria do Acaís (Maria Gonçalves de Barros)
Mestre José Pilintra (José de Aguiar dos Anjos)
Mestre Major do Dia
Mestre Cabeleira (Dom José do Vale)
Mestre Zezinho do Acais
Mestre Cangaruçu
Princesa de Leusa
Mestra Maria Elisiara
Mestra Joana Pé de Chita (Joana Malhada)
Mestra Damiana Guimarães
Mestre Emanoel Maior do Pé da Serra (Emanoel Cavalcante de Albuquerque)
Mestre Manoel Cadete
Mestre Marechal Campo Alegre
Mestre Arcoverde
Mestre Tertuliano
Mestre Malunguinho
Mestra Piorra
Mestre Carlos Velho (José Carlos Gonçalves de Barros)
Mestra Maria Solomona
Mestra Judith do Barracão
Mestra Maria Padilha
Mestre Antônio Macieira
Rei Eron
Mestre Cesário
Mestra Jardecilia ou Zefa de Tiíno
Mestre Tandá
Mestra Izabel
Mestre Zé Quati
Mestre Casteliano Gonçalves
Mestra Fortunata do Pina (Baiana do Pina)
Mestre Nêgo do Pão
Mestra Maria Magra
Mestre Candinho

Cidade do Segredo da Jurema
Tambaba
7 Cidades Sagradas
Jurema, Vajucá, Junça, Angico, Aroeira, Manacá e Catucá.
Toadas (cantigas) de alguns Mestres do Catimbó ou Jurema:

Mestre Malunguinho:

"Malunguinho está nas matas, ele está é abrindo mês a um Rei. Me abra este mesa Malunguinho e tire Espec do caminho. Espec aqui, espec acolá para os inimigos não passar. Espec aqui Espec acolá para os inimigos eu derrotar." – (bis)

Mestre Major do Dia:

"Ó meu Major, ó meu Major, meu Major de Cavalaria. És meu major, és meu Major, és Meu Major do Dia." – (bis)

Mestre Zezinho do Acaes:

"De longe venho saindo, de longe venho chegando, tocando a minha viola e as meninas apreciando. Cantando eu venho folgando eu estou. Cantando eu venho da minha cidade. Minha barquinha nova nela eu venho, feita de aroeira que é pau marinho. Quem vem dentro dela é o meu Bom Jesus, de braços abertos, cravado na Cruz. – Aurora é Canindé, Aurora é Canindé."

Mestre Cabeleira - (Zé do Vale)

"Eu venho de porta em porta caindo de déu em deu. E casa que eu conheço é a sombra do meu chapéu. Fecha a porta gente que o Cabeleira e vem. Pegando rapaz, menina também. Pegando rapaz, menina também. Minha mãe sempre dizia, “meu filho tome abenção, meu filho nunca mate, menino pagão” – Subi serra de fogo com alpercata de algodão, se a alpercata pega fogo, o boto desce de pé no chão. E o meu cavalo, é maresia...ele vadeia lá na praia do lençol." – (bis)

Mestra Maria de Elisiara:

"Que campos tão lindos, vejo o meu gado todo espalhado, lá vem Maria de Elisiara, que vem ajuntando o gado. Lá vem Maria de Elisiara, rainha de Salomão, que já foi Mestra e hoje é discípula do nosso querido Rei João. Que Campos lindo e Varandas" – (bis)

Mestra Joana Pé de Chita: - (Joana Malhada)

"Eu sou Joana da cidade de Santa Rita, tenho um Cachimbo respeitado, eu sou Joana Pé de Chita" – (bis)

Mestre Emanuel Maior do Pé da Serra:

"Campos Verdes, meus Campos Verdes, tua luz estou avistando, da cidade de Campos Verdes, Emanuel Maior já vem chegando. Campos Verdes, meus Campos Verdes vejo o meu gado todo espalhado, da cidade de Campos Verdes Emanuel Maior vem ajuntando o gado. É fogo na “Gaita” e toque o “Maracá”, bote água na cuia pra Emanuel Maior tomar."

Mestre Rei dos Ciganos – (Barô Romanó)

"Eu estava sentado na pedra fria, Rei dos Ciganos mandou me chamar. Rei dos Ciganos e a Cabocla Índia, Índia Africana no Jurema. Quem traz a flecha é a Cabocla Índia, Rei dos Ciganos mandou me entregar. Quem traz a flecha é a cabocla Índia, eia arma a flecha que eu vou flechar. Quem traz a flecha é a Cabocla Índia, eia arma a flecha vamos flechar."

Mestre Tertuliano:

"É de Ipanema, é de Ipanema – Tertuliano trabalhando na Jurema" – (bis)

Mestre Marechal Campo Alegre:

"Eu dei quatro volta no mundo e o sino da capela gemeu. Sou eu Marechal Campo Alegre, e o Dono do Mundo sou eu." – (bis)

Mestra Judith do Barracão:

"Judith ó minha Judith, Judith lá do Barracão e os campos de Judith, são campos, são campos. E atira, Judith atira, pedaço "preaca" de mulher. E os campos de Judith são campos, são campos. E atira, Judith atira cabocla negra de Ioruba, e os campos de Judith são campos, são campos. E o bueiro de Judith, é bueiro, é bueiro. E o molambo de Judith, é molambo, é molambo. E o baralho de Judith, é baralho, é baralho."

Mestre Navisala:

"Eu venho de longe, sem conhecer ninguém. Venho colher as rosas que a roseira tem. Mas eu sou boiadeiro, não nego o meu natural. Quem quiser falar comigo, bem vindo seja no Juremal."

Mestra Maria Padilha:

"Que grito foi aquele que o mundo estremeceu suas varandas. Foi de Maria Padilha, e a dona do mundo é ela ó minha varanda."

Mestre Légua Bogi-Buá Trindade:

"Légua, eu sou Légua, Légua Bogi Buá. Mas eu plantei a Légua no tronco do Jurema. – (bis)"

Mestre Zé Pilintra - (José Aguiar dos Anjos) – Ritual de Catimbó raiz Alhandra, Junça, Vajucá.

"Mandei chamar Zé Pilintra, nego do pé derramado e quem mexer com Zé Pilintra, ou fica doido ou vem danado. – (bis) – Seu doutor, seu doutor, Zé Pilintra chegou. Se você não queria, para que lhe chamou. Dilim-Dilim, bravo senhor, dilim-dilá, bravo senhor, Zé Pilintra chegou, bravo senhor para trabalhar. Bravo Senhor."

"Lá na Vila do Cabo, ele é primeiro sem segundo. Só na boca de quem não presta, o Zé Pilintra é vagabundo."

"Zé Pilintra no Reino Eu sou um Rei Real. Zé Pilintra no reino e eu vim trabalhar. Trunfei, Trunfei, Trunfei, Trunfá. Zé Pilintra no Reino, estou no meu Jurema. Trunfariá!"

"Chegou José Pilintra, sou o assombro do mundo inteiro. Sou faísca de "fogo-elétrico", sou trovão do mês de janeiro."

"Na passagem de um rio, Maria me deu a mão. E o prometido é devido, é chegada a ocasião".

"Eu matei meu pai e minha mãe. Jurei padrinho e Jurei Madrinha. Matei um cego lá na igreja e um aleijado lá na linha. Seu doutor, seu doutor bravo senhor, Zé Pilintra sou eu, bravo senhor. Se você não queria, Bravo senhor para que lhe chamou, bravo senhor".

FALANGES ESPIRITUAL DA JUREMA

Os Mestres e Mestras: São espíritos dos antepassados, pessoas que quando vivas cultuavam a Jurema e que depois de desencarnarem trabalham nas sessões de jurema. São extremamente elevados e de grande sabedoria. Exemplo: Mestre Malunguinho (maioral do ilê), Zé Pilintra (ou Filintra), Manoel Quebra Pedra, Tertuliano, Sibamba, Boaideiro, Junqueiro, Mestra Ritinha, Luziara, Paulina, Juvina, Do Carmo, entre tantos outros.
Os mestres e as mestras são de dois tipos: os trabalham na direita ou sendo o que executam trabalhos de construir, e os que trabalham na esquerda que são os responsáveis por destruir certas situações.

Caboclos: São espíritos mistos de índios com brancos e geralmente são todos oriundos do norte e nordeste do Brasil.

Os Boiadeiros e Vaqueiros: Espíritos sertanejos ligados ao interior do nordeste, havendo algumas exceções quanto a espíritos que vem de 4 outras regiões do pais e do mundo, são ligados a vaquejar gado.

Os Ciganos: Espíritos errantes que tem atuação nos trabalhos de magia Européia e Oriental, são juremeiros somente aqueles que foram para o nordeste e teve contatos com os índios.

Os Pretos Velhos: Antigos rezadores do Brasil de descendência africana, são os mais antigos zeladores dos orixás, são antigos escravos negros, são de grande sabedoria, muito são chamados de avô e avó.

Exu e Pomba Gira de Catiço: Cada pessoa tem pelo menos um Exú que age e está perto dela desde o dia do seu nascimento; o chamado Bará ou Elegbará ou ainda Exú do Corpo. Depois, tem também pelo menos uma Pombagira, que não sendo verdadeiramente um Exú, assume o lado feminino.

Cada Exú tem assim a sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia sob aparências distintas, temos assim:

Exú Rei das Encruzilhadas / Pombagira Rainha das Encruzilhadas;
Exú das Matas / Pombagiras das Matas;
Exú Giramundo / Pombagira Giramundo;
Exú do Cravo Vermelho / Pombagira da Rosa Vermelha;
Exú Mulambo / Pombagira Maria Mulambo;
Exú Sete Capas / Pombagira Sete Saias;
Exú 7 Estrelas / Pombagira 7 Estrelas; etc.




MESTRE MALUNGUINHO, guerreiro da paz

Rei do Quilombo do Catucá:
Líder quilombola mais temido em Pernambuco nas primeiras décadas do século 19, o negro Malunguinho é dono de uma história singular, porém praticamente anônima. Basta dizer que o Conselho de Governo, principal órgão consultivo da província e que deu origem à Assembléia Legislativa, gastou uma reunião inteira discutindo um possível ataque dos escravos refugiados na Floresta do CATUCÁ (Mata Norte, entre Recife e Goiana) ao Recife. A suposta invasão aconteceria em 1827, comandada por Malunguinho.

Mestre João, que entrou para a historia conhecido como Mestre Malunguinho (de “MALUNGO”- “companheiro de viagem”) , viveu em Pernambuco na primeira metade do século XIX, quando foi chefe (Rei) do quilombo do CATUCA´. Como “irmão do quilombo” foi libertador de muitos de seus irmãos que viviam no cativeiro das senzalas. Era temido por todos os senhores brancos e dizia a lenda que ele tinha uma chave mágica que abria todas as correntes, todas as senzalas.

Era respeitado por seu povo como rei de enorme sabedoria, herói, guerreiro e libertador…Não haviam caminhos fechados para MALUNGUINHO…Grande rei e sacerdote do povo BANTU.

A tradição do TOREH nos conta que quando o exercito invadiu o quilombo do CATUCÁ, Malunguinho foi ferido, mas não foi capturado. Foi abrigado, quase a beira da morte, pelos índios, os quais curaram seus ferimentos, e entre os quais ele passou a viver por muitos anos. Foi nesse período que Mestre João – Malunguinho teve seu reencontro com a JUREMA SAGRADA, assumindo a missão que lhe estava reservada, pela Força Superior, no ADJUNTO DA JUREMA, foi reconhecido em seu tempo como o maior entre todos os JUREMEIROS, cumpriu honrosamente sua missão de MESTRE e LIBERTADOR, não só libertador dos negros escravos presos nas senzalas mas sobretudo um LIBERTADOR DE ESPIRITOS , espíritos aprisionados ate´ então no cativeiro espiritual da ignorância e da ilusão; libertou muitos cativos, com a chave mágica do AJUCA, voltando-os em direção a LUZ para seguirem firmes dentro do caminho da JUREMAÇAO. Para cumprir esta missão MESTRE JOÃO (MESTRE MALUNGUINHO) recebeu, uma vez mais, sob a ACACIA JUREMA, a posse da Chave dos Mistérios, e com ela conduziu exemplarmente seus discípulos dentro da JUREMA, como MESTRE-GUIA, restaurando a pureza do culto, o qual estava bastante ressentido da falta de um verdadeiro MESTRE ENCARNADO naquele tempo.

MALUNGUINHO não é, simplesmente como muitos pensam, “o exu da jurema”, na verdade MALUNGUINHO, MESTRE JOAO, o “REI DAS MATAS”, e uma manifestação do espírito de CARIDA, é o MESTRE-GUIA, o guardião, o que tem a Chave-Mestra da JUREMA, a qual recebeu de TOREH “JERUBARI” como um poder de realizar a Sua obra na Terra.

Com MALUNGUINHO, a luz capital do ADJUNTO DA JUREMA, a qual havia se ocultado no oriente, firmou-se fortemente desde o seu caminho de volta ao ocidente, pelo caminho do SOL. A trajetória de Malunguinho em muitos pontos identifica-se de forma misteriosa , `a trajetória de outros destacamentos emissários da luz da Acácia no Oriente….como, por exemplo, MOISES, o qual também levou a cabo a missão de reunir o seu povo disperso, livrando-o do cativeiro e da escravidão, para levá-los novamente ao caminho da Luz.

Aqueles que já tiverem lido cuidadosamente a Bíblia, ou a TORAH, devem se recordar que o grande SENHOR do Universo apresentou-se a MOISES numa ACACIA, numa JUREMA, o que não é, nem nunca foi uma simples coincidência; Interessante notar que muitos dos ensinamentos de MOISES com relação ao Culto da ACÁCIA passaram aos nativos da África, especialmente aos BANTOS, antepassados de Malunguinho, através de JETRO, sogro de Moises, e grande iniciado nos Mistérios da ACÁCIA.

Nos documentos da polícia não há registro da morte ou captura de Malunguinho. O quilombo foi dizimado por volta de 1830.

” MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO,CABOCLO INDIO AFRICANO, SALVE O MESTRE DA JUREMA, OS SEUS FILHOS TAO CHAMANDO. MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO, CABOCLO INDIO RIÁ ABRE AS PORTAS DA JUREMA SETE PEDRA IMPERIA COM A CHAVE DE SALOMAO E O AGO CELESTIA´ “

MESTRE ZÉ DO CÔCO



Contou Zé do coco que em uma de suas vidas, sonhou com seu tio dizendo....

"Você Zé dos coco, deve ir sozinho até a encruzilhada perto da budega de Mané capado, com uma pá e cavar até encontrar minhas preciosas moedas que escondi com medo de roubos e das pessoas gananciosas, mas muito cuidado quando você encontra-la, pois tudo que você tem medo aparecerá na sua frente com o intuito de fazer você desistir do tesouro...vá sozinho..."

E Zé acorda atordoado sem saber se o que aconteceu foi um sonho ou realmente seu finado tio que segundo alguns, tinha dinheiro escondido aparecera para ele, na desconfiança parte com uma pá em busca da "vida boa", no caminho pensa no que poderia aparecer de ruim para ele desistir da empreitada, lembra de quando era criança havia ganho da sua tia da cidade, um pterodáctilo velho com as patas quebradas e banguelo, que como seu primo novo não queria mais, foi mandado para o primo pobre do sítio. Lembra também de como ficou assustado com o animal, no começo não quis brincar com ele. Mas com o passar do tempo quando tinha raiva de alguém imaginava o brinquedo comendo a cabeça da vítima, mas não chegava perto do boneco assim mesmo.

Ao chegar na encruzilhada apaga a neura que tinha c/ o bicho, e bota a mão na pá, cava, cava, cava e encontra o baú, tenta abrir na amizade mas vendo que não conseguiria...parte pro tapa, e joga o objeto no chão espalhando moedas por todos os lados, quando se abaixa para pega-las eis que surge a imagem do tal pterodáctilo sem as pernas e banguelo. Zé usa de todas as artimanhas para escapar das cabeçadas do animal pré-histórico, mas sofre com uma bem na sua cabeça, cai desajeitado e num excesso de raiva e coragem combinadas, pula no pescoço da ave e mata ela enforcada.

Final Feliz!
Diz essa História que Zé do Cocô fugiu com duas negras lustrosas de abalar Paris!
Salve Zé do Cocô e toda a sua Coragem e malandragem!

MESTRE SIBAMBA




Mestre Sibamba
" Ô Sibamba, Ô Sibamba,
que vida é essa tua?
Vive tomando cachaça,
e caindo no meio da rua!"

Não sei em que momento caí de cabeça no mundo dos Orixás ou como minha família inteira migrou das missas católicas de Domingo para os terreiros de Umbanda, mas tenho uma dívida de respeito e confiança com um Mestre Espiritual cujo nome é Sibamba. Antes mesmo que eu soubesse a diferença entre quem está na carne e quem só está em espírito, eu conheci essa entidade que a minha Tia Irismar incorporava no terreiro que fazíamos parte.

Havia qualquer coisa em seu olhar que dizia para o menino que eu era: " moleque, você não tem a menor idéia do que te espera!"

****

Para quem deseja pesquisar mais aprofundamente a linha dos mestres da Umbanda, há, infelizmente, poucos registros, textos e fontes que nos informem um pouco mais sobre as origens e os mistérios envolvendo essas entidades tão iluminadas pela graça da caridade. Pesquisando sobre o Mestre Sibamba, deparei-me com raros registros, alguma coisa escrita, impressa e on line sobre as linhas dos baianos e boiadeiros, e muita desinformação também, especialmente a respeito do Mestre Zé Pilintra, que é, das linhas dos mestres, a entidade mais conhecida no Brasil inteiro.

O que causa tanta incompreensão nessa linha específica é a possibilidade desses mestres incorporarem em qualquer banda, gira, inclusive na vibração das linhas da esquerda dos exus. Não sendo eles nem caboclos, nem exus, essa linha não se adequa a organização dos terreiros e de suas nomenclaturas. O que se sabe, portanto, é que tanto Zé Pilintra quanto o Mestre Sibamba, são mestres da Jurema e vibram nas emanações de Aruanda, esses lugares míticos que fazem parte da mitologia da espiritualidade da Umbanda e de outros tantos ritos afrobrasileiros.

"Quem já chegou lá da Jurema foi Sibamba,
Quem já chegou lá da Jurema foi Sibamba,

São Sebastião levantou bandeira branca,,
É na paz, é na paz do Senhor,
Alegria do Reino Sibamba chegou"

Se eu era pequeno demais para compreender que havia um mestre do astral à minha frente; eu já era até bem entendido da vida, quando abandonei os ritos da Umbanda e neguei qualquer relação com Sibamba. Adolescente rebelde, não queria me vincular a nada que fosse diferente do que acreditava a massa; porém, a espiritualidade latente em mim, sempre me perseguia e não importava onde eu ia, acabava dando de cara com um terreiro, com um rito ou ouvindo algum chamado para retornar para casa.

Ignorei o quanto pude na vigília, mas o mesmo não ocorria quando eu dormia, pois eu sentia que alguém me visitava em sonhos, e ria, como ria...

****

Contam as lendas e os casos que a história do Mestre Sibamba remete a época do Brasil Império, provavelmente em algum tempo do século XIX, onde o Mestre veio de Portugal para o Ceará, ainda criança. Ao chegar aqui no Brasil, durante um período de longa seca, ele perdeu a sua mãe, e acabou sendo criado pelo pai, que era dono de um bar.

Alcoólatra, o pai do menino, descontava a frustração no garoto, e na intenção de matá-lo, diariamente embriagava Sibamba; porém ao invés de morrer, Sibamba se adaptou ao álcool e, acabou se tornando um bebedor de primeira. Já Adulto, o pai faleceu, e ele assumiu o bar.

Por costume, Sibamba bebia muito, mas nesta altura já era um grande catimbozeiro, culto fortemente enraizado no Nordeste, trazido pelos negros e agregados aos cultos indígenas e outros costumes, da miscigenação cultural do nosso país. Ele sabia usar as ervas para banhos de cura, fazia partos, benzia as crianças contra mal olhados e fazia outras tantas curas; e foi, pouco a pouco, tornando-se o maior juremeiro do Ceará.

Com toda a fama que fizera, despertou em alguns, inveja e despeito; e não demorou muito para que Sibamba caísse numa cilada armada por esses zombeteiros. Como ele gostava de beber, nem desconfiou que aquela festa em sua homenagem num cabaré era uma armação, e o embebedaram a noite inteira até ele cair. Forte e destemido, Sibamba resistiu o quanto pôde, mas bastou o primeiro tombo, para que o atacassem; e conta a voz do povo, que foi preciso muitos homens para lhe tirar a vida.

"É com seu garrafão de cana,
tomba aqui, tomba acolá
'Seu' Sibamba é beberrão
mas sabe trabalhar..."

Demorou um certo tempo até que eu pudesse compreender que eu não tinha escolha: a espiritualidade era parte de mim, assim como era a escrita. Por mais que eu tentasse, eu jamais conseguiria "desacreditar" por muito tempo. Daí, trilhei vários caminhos espirituais, fiz pergrinações, caminhadas, viagens pelos mais diversos planos em busca de respostas, querendo provas, até perceber que no plano da matéria nunca teremos certeza absoluta que há algo além, pois assim manda a Lei Divina que rege os planos; o que é segredo, continuará segredo, não importa a peleja do homem ou suas teorias; e olha que eu tentei, descrever, poetizar, revelar, mas toda vez que eu chegava perto, eu me atrapalhava, perdia a fala, sumiam as letras. Entendi, por fim, que se não era possível ter a certeza que eu buscava, era preciso ter fé, afinal, eu já tinha visto e sentido coisas demais para duvidar da existência de algo a mais.

****

Dentro da evolução espiritual dos reinos espirituais, e na linha da Jurema Sagrada, Sibamba foi designado pelos mentores superiores para trabalhar na linha dos Mestres, sendo considerado naquela epóca e até hoje, uma das maiores e mais respeitadas entidades espirituais.

Atuando em vários terreiros no Brasil e em outros países, onde a linha da Jurema é evocada, o Mestre Sibamba passou a ser conhecido por sua pisada forte e firme, sua risada estridente e gostosa, seu gosto pela cachaça, pelo vinho, o mesmo álcool que o matou, como se o uso da bebida fosse mesmo uma forma de nos mostrar que ele dominou o elemento nocivo do seu passado e o transformou num símbolo de cura durante os ritos feitos sob a sua orientação.

"Meu mestre me chamou
Eu venho trabalhar
é com seu garrafão de cana
Tomba aqui tomba acolá
Seu Sibamba é beberrão
mas sabe trabalhar
Na direita ele é bonzinho
e na esquerda é de amargar..."

Depois de conhecer tantos mestres ascensionados, deuses hindús, guardiões celtas, amparadores orientais e ocidentais dos mais diversos e ter trabalhado nas linhas da Cabala, dos mantras, das meditações transcendentais; parecia um retrocesso espiritual, voltar para a Umbanda, que com o passar do tempo, passou a significar para mim, um caminho espiritual atrazado e de fundo de quintal, onde não havia uma preocupação de formar estudantes espirituais e sim apenas "cavalos" de entidades do astral.

Durante quase 10 anos, tentei fugir da Umbanda e do estudo sobre os Orixás como um filho que se afasta dos pais por vergonha da família. Até que a Umbanda me pegou. Fui participar de um ritual do Santo Daime, e acabei numa gira de Umbanda.

De lá para cá, mergulhei num resgate do meu passado e das minhas origens e percebi, que sou mesmo fundo de quintal, mas com muito orgulho; eu sou terra, sou esse barro que forma o Brasil e criou essa linha tão temida pelos ignorantes das maravilhas que ocorrem dentro dessa doutrina.

Sim, canto mantras, grito pelos anjos, evoco os mestres ascensionados e bato tambor celta; mas também canto meus pontos aos Orixás, bato a cabeça no Congá de Oxossi e, para a minha surpresa, o destino, no último Domingo, reservou-me um encontro com um Mestre que me acompanha desde que eu era menino, e quando esse metre me viu, ele riu, bateu o pé firmemente no chão e falou:

" moleque, eu não te falei que você não tinha a menor idéia do que te esperava!"

"Oh Sibamba do auê
Oh Sibamba do auá
Se vc não me queria
pra que mandou me chamar?

Eu vou embora pra Bahia
VÊ as bainas de la
na Bahia tem macumba
e aqui so tem patuá..."

Extraído das Obras do Professor Frank
Suas obras maravilhosas:
-Viaje com "Um Paraíba Vagamundo": o primeiro livro de Frank Oliveira
-O Catador de Estrelas
Outras Crônicas de Um Paraíba Vagamundo peça por e-mail
com o artista intelectual através do
afrankexperience@gmail.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

HOMENAGEM À ZÉ NAVALHA POR UMA FIGURAÇA DO BRUSQUE



HISTÓRIAS PROIBIDAS DE ZÉ NAVALHA DO BRUSQUE

Toda cidade tem personagens folclóricos, polêmicos, amados e odiados. Um personagem folclórico de Brusque centenária é sem dúvida José da Silva, cognominado de Zé Navalha. É um homem lúcido aos 95 anos, que conta histórias de arrepiar o cabelo, quando se trata da famosa boite Barracao. Pois é, acabei entrevistando o homem em Brusque e agora não sabemos como apresentar sua história em público(pois a censura proibe p/ menores de 50 anos)rssr. Contudo, pelo que é hoje este personagem merece um artigo de resgate histórico social. O artigo bem que poderia levar como título “Uma noite na boate do Barracao!” falando das mulheres da vida, a ético de Zé Navalha e os caras que iam lá, nome por nome, fato por fato… inclusive quando as esposas iam procurar nos maridos na zona!
Outro título que eu daria...: O cara da zona!rsrsr
O cabra é de infartar!!!
Eu juro que tentarei em outros posts, contar essa história de
forma..vamos dizer assim.. delicada e descente..
O bagulho é doido, sô!!!
Vou até mudar o rumo dessa prosa, por hora...........kkkkkkk



Um trechinho da cantoria do compadre Zé Navalha do Brusque...
É TRISTE, É DOLOROSO SER LEVADO
PRÁ POLÍCIA SEM SER CRIMINOSO
FUI LEVADO PELOS POPULAR...
QUANDO EU TAVA SENTADO TOMANDO
CERVEJA NA MESA DE UM BAR
MALANDRO ZÉ FOI QUEM TOROU O PAU,
FOI ZÉ QUEM FEZ A GAMELA,
FOI ZÉ QUE FEZ MAL A MOÇA,
E ELE MESMO CASOU COM ELA ...
AH ZÉ MALANDRO, ZÉ ENGANADOR...
ENGANOU MOÇA DONZELA COM PALAVRAS DE AMOR...



ODE AOS MALANDROS
Mensagem do Sr Zé Navalha

Boa Noite senhores da noite e do dia, das ruas vazias e das avenidas lotadas,
Que ganham a vida balançando nos coletivos,
Em meio à pobreza aparente que é material, Mas nunca de espirito.
Andamos nos meios onde somos chamados
Desde a Encruzilhada até o Campo Santo,
Da Ferrovia até a Ladeira.
Da rua asfaltada à estrada de terra,
Sou Malandro e quem não é,
Viver é malandragem pura, no bom sentido,
Na Fé da Oração a Nossa Senhora à Mironga do Candomblé,
Sentado à beira do Cruzeiro oro pelas almas que estão a pé,
Sem rumo na vida depois da vida,
No meu paletó branco, no lenço vermelho,
Enxugo uma lágrima sofrida e meu chapéu tiro àqueles que lutam,
À mãe solteira, à mãe abandonada, pela criança órfã,
Aos doentes que se curam na Fé,
Aos que vivem nas periferias na Fé da labuta na noite e no dia,
Tiro meu chapéu àqueles que na sua Fé fazem o bem onde quer que seja:
Sou Zé,
Sou Maria,
Sou Negro,
Sou Branco,
De Punhal, de Navalha e até Rosa e Cravo na mão,
Estou na luta no lado de lá, não facilito nada, apenas gingo,
Pra lá e pra cá e passo no jogo de cintura pela vida apertada.
Estou aqui para te escutar, te entender e mostrar que rumo tomar
Vou na Fé, na sua, na minha, na de Deus, mas vou, sempre...

Mensagem ditada por Sr Zé Navalha
Recebida por Rafael Martins Marcondes e dedicado a todos
aqueles que Malandramente vivem, lutam e ajudam.
Texto original extraído do Jornal de Umbanda (4a. edição)



Ponto em homenagem ao querido Zé Navalha,
compilado por Bella Zingara

Saravá seu Zé Navalha,
Moço do chapéu virado,
Na direita ele é maneiro,
Na esquerda ele é pesado.
Cuidado meu camarada,
Não meta a mão em cambuca,
Quem mexer com Zé Navalha,
Vai ficar lelé da cuca.
Sou filho de Zé Navalha,
Tenho que me orgulhar,
Pra me livrar de mandinga.
Carrego o meu patuá.



E por hoje vou me despedindo e deixando o Axé do Zé da Navalha e das Malandras
do Cabaré...Salve à Malandragem!

Vixe!!! SAIDEIRA...KKKKKKKKKK....Ponto de despedida, GENTE!

SEU ZÉ FECHE A PORTEIRA, CANCELAS E TRONQUEIRA!
NÃO DEIXE O MAL ENTRAR
OLHA QUE O GALO JÁ CANTOU NA ARUANDA
FAROFA NA FUNDANGA EU QUERO VER QUEIMAR!

SALVE A MALANDRAGEM! E SALVE TUDO QUE É SAGRADO!!!

BAR DO ZÉ EM SAMPA



Belíssima estrutura feita em homenagem ao Seu Zé...
Vale até uma propagandazinha èhhhh.... quero meu cachê kkkkkkkkkkkkkk!!!!
O Bar do Zé, fica localizado à R. Augusta, 609 na Consolação em SP
Brincadeiras à parte o local é muito Lindo e agradável, para quem quer encontrar os amigos, dar umas paqueradas ou simplesmente apreciar uma gelada....rsrsr.
Parabéns aos donos e organizadores do espaço!

NO FIO DA NAVALHA



Trechos do livro ‘No Fio da Navalha’, da professora de Literatura Giovanna Dealtry

Última do malandro: virar estilo de vida

Estudo mostra como a malandragem se enraizou no Rio e passou a ser adotada como comportamento visto com simpatia pelo brasileiro.
'Pensava o que fazer com a profusão de malandros e malandragens que a cada dia invadia em maior número meu cotidiano. Não pude deixar de rir da ironia quando percebi na calçada uma figura de calça branca, camisa vistosa estampada e boné branco. ‘Bezerra da Silva’, o motorista de táxi anunciou. E completou. ‘Esse aí é que é malandro mesmo. Porque malandro não é quem rouba. É quem usa o dom da palavra para conseguir o que quer.’

O trecho acima é do livro ‘No Fio da Navalha’, da professora de Literatura Giovanna Dealtry, e é o primeiro exemplo de malandragem nesta reportagem: usar o texto da própria autora para a apresentação inicial, diminuindo o trabalho do repórter. Segundo Giovanna, o brasileiro desenvolveu desde o Século 19 olhar simpático para a malandragem. Não vê mal em transgredir regra para se dar bem.

“Temos imagem de malandro meio estereotipada, de terno branco, navalha no bolso. Este malandro é restrito a uma faixa histórica, principalmente nos anos 40”, explica a professora. Para ela, o malandro se manifesta quando pedimos ao guarda, por exemplo, para deixar o carro por ‘cinco minutinhos’ em local proibido. “O que em outra cultura seria visto como infração, aqui faz parte da nossa negociação cotidiana”, observa.

A época de ouro da malandragem floresceu na Lapa, entre os anos 30 e 50. O produtor cultural Ary Nunes conheceu alguns expoentes. “O malandro típico andava de camisa de seda, sapato de duas cores e bem perfumado. Eram cheios de gírias”, conta.

Com o desenvolvimento econômico, a malandragem passou a ser questionada. “Tem de se ter um mínimo de formalidade para que a cidade possa funcionar”, acentua Giovanna. A obra, lançada pela Casa da Palavra, é resultado de cinco anos de pesquisa para sua tese de doutorado na PUC-RJ.



Giovanna vasculhou a literatura e a música para analisar como a figura do malandro fincou raízes em nossa cultura. É a imagem que também exportamos. Um dos exemplos é o Zé Carioca, lançado pela Disney, na década de 40.

O músico Francisco Otávio Reis, 50, virou personagem do cantor Zeca Pagodinho. Em ‘Chico não vai na curimba’, retrata suas andanças no culto afro. Ele já trabalhou com o pagodeiro. “Boa conversa e alegria fazem parte do meu repertório”, diz, em uma bar na Lapa. Ao terminar a entrevista, fez pedido cheio de ginga: “O amigo poderia deixar a saideira paga? Tô duro.”



Jair arrumou apelido após briga na boate..........

Da Lapa, "Jair Mãozinha" traz muitas recordações e cicatrizes, é claro. O próprio apelido é resultado de tiro que levou na mão direita ao defender um amigo, numa boate. A mão atrofiou, mas não o impediu de fazer história na noite carioca. Depois dos 18 anos, passou a frequentar a Lapa e a ganhar a vida como apontador do Bicho. Hoje, aos 73 anos, continua na boemia. Mas, agora, em vez de confusão, prefere comandar as serestas de quinta, na Rua Luiz Camões. “É difícil estar mal-humorado. Mas, se mexer comigo, é bom estar preparado”, avisa ele, casado, uma filha, dois netos.

DE LEVE NO FIO DA NAVALHA....

“O malandro vive no fio da navalha, na tênue linha entre o crime e a contravenção”, explica a escritora Giovana Dealtry.

PERFIL
A imagem tradicional do malandro é a de que possui aversão ao trabalho, adepto da informalidade e que usa a conversa para conseguir o que quer. Para o ‘Aurélio’, é quem “vive de expedientes. Vadio, tratante”.

ALMA DE MALANDRO
Em pequenas coisas do dia a dia, o malandro pode se manifestar. Alguns exemplos: parar em local proibido, mas ‘ só por alguns minutinhos’; chamar o guardador de ‘meu amigo’ para imprimir intimidade e não pagar estacionamento. Atrasado, costuma pedir para se dar ‘um jeitinho’.

MADE IN BRAZIL
Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, um policial comentou a relação com os torcedores. Depois de elogiar o comportamento pacífico dos brasileiros, fez a crítica. “Não dá para entendê-los: estacionam na vaga de deficientes e saem mancando”.
-Rsrsrs essa foi boa.....
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